Após dar à luz em Itapecuru-Mirim, puérpera de Nina Rodrigues precisa ser "resgatada" por ambulância de Belágua, para conseguir voltar para casa.

 

Hospital de Nina Rodrigues 

Entre tantas mazelas que assolam o povo de Nina Rodrigues, nenhuma tem ganho tanto destaque negativo quanto o estado precário do sistema de saúde local. As reclamações têm sido cada vez mais recorrentes, sobre vários aspectos que compõem a pasta comandada pelo primo do prefeito Rodrigues da Iara, o secretário Jorge Neto.

Algo revoltante e que agora vem à tona, é o caso da parturiente de Nina Rodrigues, que foi praticamente abandonada em Itapecuru-mirim, a 67 km de casa, após receber alta pós-parto.
O caso revoltou até mesmo profissionais do hospital Adélia Matos, que puderam testemunhar o sofrimento da mãe e seu bebê, para retornarem à Nina Rodrigues.

Entenda o caso em detalhes:

Na última quinta-feira (12), uma gestante identificada como Raimunda Cristina, 26 anos, precisou ser regulada de Nina Rodrigues à unidade Adélia Matos Fonseca, em Itapecuru-Mirim, uma vez que o hospital Madalena Braga há muito tempo não oferta condições para realização de partos mais complexos ou que necessitem de alguma interferência cirúrgica. Já no dia de ontem (14), depois de todos os procedimentos pós-parto tomados, por volta das 09h, o bebê e a mãe foram prontamente liberados para retornarem à casa. É aí que começa uma verdadeira saga de humilhação e descaso.

Com a parturiente liberada, o setor de assistência social daquela unidade entrou em contato com o Hospital de Nina Rodrigues requerendo que providenciassem uma ambulância para retornar os três até o município de origem. Mesmo com esse pedido, a jovem, seu bebê e a acompanhante permaneceram esperando, em vão, que o hospital de Nina Rodrigues enviasse um transporte para buscá-los. Sete horas após a liberação, por volta das 16h, foi feito um novo contato com o Hospital Madalena Braga, onde, segundo o relato, o diretor adjunto José Horlando, alegou não saber da situação vexatória em que a paciente se encontrava, argumento prontamente desmentido pela funcionária que o contatou mais cedo.

Apenas depois de inaceitáveis 12 horas de espera - por volta das 21h - foi que uma ambulância do hospital de Bélagua (MA), que estava cumprindo demandas em Itapecuru-mirim resgatou a paciente, o bebê e a acompanhante e os trouxe até Vargem Grande, de onde seguiu seu itinerário normal.
A essa altura, fontes relataram ao blog, que a parturiente ainda teve que aguardar mais de meia hora até que a ambulância de Nina Rodrigues fosse buscá-los e conduzí-los até em casa, depois de quase 14 horas de humilhações e vexames.

Em contato com a administração do Hospital Prefeita Madalena Braga, o Diretor-Adjunto José Orlando - citado na matéria - confirmou que a paciente realmente foi trazida a Nina Rodrigues por uma ambulância de outra cidade. Mas que essa é uma prática comum entre os municipios da regional, que adotam uma espécie de sistema de de caronas, um tipo de ajuda mútua entre eles. No entanto, o mesmo não explicou o porquê de tamanha demora (12 horas) para buscar a paciente em Itapecuru-Mirim.

"Por volta das 16:00hs uma pessoa entrou em contato comigo, relatando que estava de alta. de imediato coloquei no grupo [carona]. A Diretora Paula, de Urbano Santos, me respondeu que a ambulância deles estava indo pra Itapecuru e que a mesma traria a paciente pra gente até Vargem Grande. Falei pra paciente, expliquei pra ela, inclusive mandei o número do telefone da enfermeira plantonista e do motorista e que quando a mesma estivesse chegando em Vargem, que entrasse em contato com eles pra irem buscá-la", disse o diretor.

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