Mau desempenho eleitoral do prefeito Rodrigues da Iara pode ter sido decisivo para a não reeleição de Hildo Rocha.

 

Rodrigues ao lado de Hildo Rocha, seu principal aliado político na escala federal.
Pressão sobre funcionários da prefeitura contratados, inve$timento pesado nos dias que antecederam a votação, entre outros artifícios ardilosos não foram suficientes para garantir que o grupo do prefeito Rodrigues da Iara atingisse o quantitativo de votos esperado para o seu candidato a deputado federal a reeleição, Hildo Rocha (MDB), no municipio de Nina Rodrigues.

De acordo com informações dos próprios aliados do prefeito,  Rodrigues deveria ter "dado conta" de, no mínimo, 3.500 votos ao emedebista. O fato é que, apesar de ter colocado Hildo no topo do ranking dos mais votados no município, com (2.756 votos) - o que já era previsto,  haja vista todo o uso da estrutura do governo e a adesão de sete vereadores (alguns puxados pelo cabresto) à campanha - , o grupo do prefeito Rodrigues foi incapaz de atingir a meta  estabelecida, ficando devendo quase 750 votos ao final da apuração.

Por ironia do destino, Hildo acabou perdendo a reeleição justamente por uma diferença bem próxima ao número de votos que faltaram em Nina Rodrigues  (728 votos), ficando logo atrás da única eleita do MDB, a ex-governadora Roseana Sarney, esta que, por coincidência ou não,  esteve recentemente em Nina Rodrigues,  fazendo uma "visita de amigos" ao prefeito e seus aliados,  justamente na reta final da campanha.


ENFRAQUECIMENTO DO CAPITAL POLITICO DE RODRIGUES DA IARA E PREOCUPAÇÃO EXCESSIVA COM OS GRUPOS DE OPOSIÇÃO.

Está cada dia mais evidente o enfraquecimento do capital do político do grupo que já comanda Nina Rodrigues há 16 anos, sendo necessário demandar cada vez mais esforços para garantirem o eleitorado que outrora tinham. Talvez esse seja o motivo do desespero dos seus principais cabeças diante da ascensão dos grupos de oposição no município. Prova disso é o modus operandi adotado nestas eleições: inve$tir diretamente nos eleitores propensos a votar  nos grupos oposicionistas  "Nina Rodrigues para todos" e de Evimar Barbosa, este último tendo sido o principal alvo da artilharia. Mas, enquanto focavam em prejudicar os grupos supracitados, acabaram esquecendo de vigiar os seus. Resultado: ALIADOS COMO EWERTON ROCHA E HILDO ROCHA FICARAM COM VOTAÇÃO ABAIXO DA MÉDIA NO MUNICÍPIO E ACABARAM NÃO SENDO ELEITOS.

É evidente que não é possivel atribuir a não reeleição de Hildo Rocha únicamente aos resultados de Nina Rodrigues, sendo necessária uma análise mais ampla do cenário estadual. Contudo, também é cristalina a constatação de que, o baixo desempenho eleitoral do prefeito de Nina Rodrigues e de seu grupo foi crucial para que seu principal aliado político no congresso se contente com uma amarga suplência a partir de 2023, e por tabela, Rodrigues também perca a sua "boquinha federal".

NO TAPETÃO?

o MDB, partido que elegeu apenas a ex-governadora Roseana Sarney, entrou com um pedido de recontagem dos votos no Tribunal Regional Eleitoral em seu favor ,alegando que tem direito a mais uma vaga pelo critério da sobra, e que este critério não foi observado no cálculo da Comissão Apuradora, o que prejudicou a reeleição do deputado federal emedebista, com mais de 96 mil votos nominais. Ou seja, caso a Comissão Apuradora ou o TRE acate a Impugnação do MDB e aplique a regra apresentada no pedido, Hildo Rocha pode garantir a continuidade de seu mandato a partir de 1° de janeiro de 2023.

Caso o MDB não obtenha êxito em seu pleito na ação,  só restará a Hildo Rocha e a Rodrigues uma alternativa: votarem e  torcerem para uma possível vitória de  Lula sobre Jair Bolsonaro no segundo turno, para que, em 2023, depois de empossado, o mesmo ofereça algum ministério a Roseana Sarney, fazendo com que Hildo Rocha (que chegou a negar apoio a Lula no primeiro turno),  na condição de suplente, ocupe a vaga do MDB do Maranhão no congresso federal. A ver...

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